quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aplauso para quem sabe.


Ao realizar a coleção "Grito dos Aflitos", precisei de uma ajuda inestimável. Mestre Jorge Kersting esteve ao meu lado. Estava com uma dúvida, entre outras tantas. Viajei 500 quilometros, refleti dois anos e em cinco segundos ouvi a resposta. Puxa! era tão fácil, mas eu não iria descobrir nunca. Não vou me dar ao trabalho de entrar em detalhes, só digo que essa foto captou o momento em que eu aplaudi o mestre.

Um grande beijo meu pai, meu mestre e minha eterna gratidão.

sábado, 9 de maio de 2009

Nike. Mármore de Carrara- Ricardo Kersting


Nike dos Gregos, Vitória para os latinos. Deusa que protegia os exércitos, todas as vitórias foram dedicadas à ela. Inclusive a vitória de Pirro. Deuses para um lado, Deuses para o outro, no fundo tudo dependia mesmo da força dos soldados e da sagacidade dos comandantes. Por vezes a estupidez de alguns ajudava a decidir.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Abstrato II - Mármore de Carrara


Não esculpi muitos abstratos. Em várias ocasiões me detive ainda no começo da obra.

Não foram poucas as vezes que concluí que a pedra seria melhor aproveitada num figurativo.

Parece estranho um escultor escrever isso. Mas acontece mais do que se imagina.

Nem sempre o abstrato obedece um planejamento, ao contrário do figurativo que quase sempre depende de um modelo. O abstrato é mais intuitivo, inspirado e por isso mais espontâneo. Essa espontaneidade se transforma em arte mais rapidamente que o planejamento do figurativo. Nem sempre o figurativo é "arte". Por outro lado, o abstrato sempre remete o espectador para um lugar que eu costumo chamar de "entre a dúvida e a incerteza". Poucos se sentem seguros para criticar um abstrato, por mais desengonçado que ele pareça. Quanto ao figurativo, "o pau desce".


Bem, eu me sinto seguro no figurativo, bem mais do que no improvável, indecifrável abstrato.

Fiquei com a frase da Martha Von Maders martelando minha cabeça. "Amo o abstrato. Sempre revela o que queremos". É, as coisas mudam. Vou olhar os meus abstratos com mais carinho.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Abstrato. Mármore


Gosto do abstrato.

Por que? Condensa o figurativo.

Engraçado, eu sempre procuro uma imagem dentro do abstrato.

Mas abstrato é isso, não tem figuras e nem imagens.

Uma vez vi uma pintura abstrata. O autor colocou um título bem interessante.

Chamava-se; "A lagarta voadora". Estou até hoje procurando a lagarta naquela pintura. Vai ver ela já havia voado e ninguém percebeu.

Por essas e outras que eu esculpi esse abstrato e coloquei um título bem sugestivo. "Cabeça de Fauno". Para resolver o problema que encontrei com a lagarta, decidi colocar essa cabeça numa outra peça também abstrata. Ainda bem que não tenho foto dela.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A mão do escultor. - Mármore


Minha mão esquerda

recebe os mais variados tipos

de impacto

Mas depois também repousa.

Antes a tensão

e dor.

Basquiat Traços de uma vida. O Filme


Não costumo dar dicas de filmes! Até porque meu gosto não coaduna com a grande maioria!
Mas neste caso vou bancar o crítico e indicar sem medo; Basquiat Traços de uma vida.
A trajetória meteórica e devastadora de um dos mitos da pintura, Jean Michel Basquiat.
Negro, filho de haitianos, vivia nas ruas de uma Nova Iorque dos anos 80 repleta de
oportunidades e caminhos sem volta! Descoberto por Rene Ricard, chegou ao ápice de uma
carreira alucinante tornando-se um dos maiores artistas da Pop Arte então liderada por ícones
tal como Andy Warhol.
O filme é a estréia do diretor Julian Schnabel! No elenco Jeffrey Wright como Basquiat, Benício
Del Toro como Benny, o único amigo do pintor, o impagável David Bowie interpretando o papa
da Pop Arte Andy Warhol e ainda o grande Dennis Hopper como Bruno Bishofberger o comerciante de artes.


Na minha modesta opinião um grande filme, para quem gosta de biografias de artistas e claro para quem gosta de arte! Geralmente a vida dos grandes artistas nos remete para finais trágicos e esta não poderia ter outro desfecho! Mas vale a pena ver um pouco das coisas que acontecem numa trajetória artística! Ah sem esquecer a trilha sonora cheia de sucessos dos anos 80
e uma especial de Bob Dylan, It's all over now, baby blue. Que teve uma versão chamada Negro Amor, gravada por Gal Costa! Há quem diga que a versão é melhor que a original! Bobagem,
como diz a minha amiga Helena Erthal " Nada substitui o genuíno".

sábado, 14 de fevereiro de 2009

De formação - Carrara. por Ricardo Kersting


Assim que fiz essa peça, não gostei.

Em princípio pensei em desfazer,

infelizmente, ou não, isso é impossível.

Podemos destruir, podemos tentar mudar de uma

escultura para outra! Mas desfazê-la não.

Mesmo que se consiga modelar outra obra usando a mesma pedra,

embaixo ficará escondida e viva aquela primeira imagem,

pois ela já terá revelado a sua alma.

Ficará marcada no espaço e tempo.

Pelo menos para mim,

sempre fica.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Selo/prêmio


Ganhei da minha querida poeta

Cynthia Lopes


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Mão em repouso


Repousei a minha mão sobre o seu seio.

Ninguém viu, ou alguém de  incrédulo passou longe.

Repousei tão suavemente,

 que só ela não percebeu.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Renascer Mármore do Espírito Santo


Há momentos que me pergunto, qual é a verdadeira face de uma escultura?
Aquela que vemos como numa carapaça externa?
Ou aquilo que nasce por dentro do escultor e renasce dentro da obra?
Penso que toda escultura é o resultado de um renascimento!
Também acredito que para haver o " Renascer" não significa necessariamente
deste algo ter nascido!
Pode muito bem ser resultante de algo que nunca existiu.
Ou então já tenha sido esquecido.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Deusa do Jade


Mármore - Ricardo Kersting

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A mulher só - Bronze patinado

Que aroma teria

o teu doce suspirar

mas quão doce seria

ver teu semblante ao sonhar


E quanto medo eu teria

de não poder mais acordar