sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Avant Garde.- Ricardo Kersting e Nani


Na verdade a gente nunca tem a noção exata da importância que se representa para alguém.

Engraçado era ouvir nossos nomes vinculados a movimentos de vanguarda para outras pessoas parecíamos extra terrestres. Podíamos rir de todas situações e algumas atitudes nossas eram tidas como excêntricas, mas copiadas em muitos casos.


O que não nos ensinaram, se tentaram ensinar, certamente não aprendemos, era como lidar com coisas que escapavam tão fácil do nosso controle. A estampa vanguardista de repente se tornava pejo, apenas uma lembrança dos tempos de estudantes irreverentes, para rapidamente nos tornarmos ilustres desconhecidos, arremedos de ícones e finalmente marginalizados.


Fico impressionado ao perceber que em tão pouco tempo o mundinho das artes numa cidade grande fica estreito, rarefeito e elitizado. Neste englobar, muitos talentos se perdem muitos desistem antes de alcançar algum sucesso. Alguns se tornam conhecidos noutras paragens e isso é muito comum. Mas a maioria vira joguete nas mãos dos poderosos, impotentes tentando sobreviver à exploração moral e econômica.


"Ontem todos os meus problemas pareciam distantes". Paul McCartney.

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