quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Giramundo vagabundo. Madeira-arame-bandagens.


Uma frase de Lin Yutang ecoa em minha memória: " O vagabundo sempre será imune às ditaduras". Na verdade a frase não é assim, pois não lembro integralmente. O livro "A importância de viver" é um baú de tesouros. Vou pedir ajuda à minha amiga Helena Erthal que é a única pessoa na galáxia que posso afirmar que além de mim, leu este livro. Ela certamente poderá corrigir a frase, mas o sentido é mais ou menos esse é o espírito livre do vagabundo que nos torna protegidos das ditaduras.


Essa peça de 1983 sintetiza as minhas ideias em torno da figura. Como posso transformar uma única obra em dois conceitos antagônicos. Giramundo é duas personalidades é um poeta e um vagabundo. Como poeta ele recebeu o tratamento nobre do bronze, viajou pelo mundo até se fixar numa coleção na Itália. Como vagabundo ele se mantém sob minha guarda. Seus farrapos dia a dia perdem partículas que alimentam traças. Toda vez que por descuido lhe toco, ele solta em meus olhos o pó de duas décadas. Entretanto essa é a forma que mais admiro e respeito. É como eu lhe dei a vida, Giramundo vagabundo.

Um comentário:

Helena Erthal disse...

Ricardo,

O capítulo do livro que ele fala sobre isso é "O vagabundo como ideal"...pelo título já pode ter uma idéia !!!
Aconselho a encontrarem esse livro nos sebos...vale a pena!
Super legal você lembrar das contribuições do Lin!! Amei!